Ideário: Dramaturgia do Encontro: Dores do Indaiá

Neste mês de abril, de 19 a 24, os atores do Teatro Terceira Margem e convidados atuaram em Dores do Indaiá/MG. Durante este período, o grupo promoveu a oficina Dramaturgia do Encontro.

Pela manhã, os artistas participaram de um bate-papo no Rádio Cultura AM 1080, durante o Programa Esporte Total com o cronista esportivo Rhenan Moreira (ele participou da Roda de Palhaços em 2011 e neste ano esteve também nas oficinas do Dramaturgia do Encontro).

1.º dia

À noite, 19, houve uma participação expressiva dos dorenses.

As ideias foram lançadas na roda para provocar uma reflexão.

Momentos de reflexões e criatividade.

A pergunta é: Dores do Indaiá/MG tem teatro?

Bom, se começar a observar o espaço físico... A resposta é: SIM.
As praças, as ruas, os pátios das escolas e uma variedade enorme de locais públicos disponíveis. O que poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare (1564 - 1616) iria dizer se "observasse" o pátio deste colégio em Dores do Indaiá, a Escola Estadual Dr. Zacarias?

O espaço...

Um espaço para a realização de um teatro isabelino ou elisabetano.

Este estilo de teatro se refere às obras dramáticas escritas e interpretadas durante o reinado de Isabel I de Inglaterra, sendo associado, tradicionalmente, à figura de William Shakespeare. Para quem faz arte, os espaços tornam-se propícios para a criação da arte, ou seja, para se tornar um teatro. A comunicação começa acontecer...

A arte de equilibrar para desequilibrar...e...desequilibrar para equilibrar...

Um colega em comunicação com o outro e tudo se forma no espaço.

2.º dia

O segundo dia de oficinas em Dores do Indaiá começou com o treinamento em malabares.
Mas, antes de qualquer atividade: aquecimento.

O trabalho em dupla: a arte é uma constante parceria.

Parceria que ensina e auxilia...

Parceria que nos faz crescer...

Parceria que nos faz criar formas...

parceria que atrai olhares...

... parceria que unifica...

... parceria que nos faz encontrar o eixo do corpo...

Agora, aprendendo com os grandes exemplos... afinal:

"Ninguém sabe tudo que não posso aprender mais e ninguém não sabe nada que não possa ensinar um pouco." (Paulo Freire - educador)

3º dia

O 3º dia de oficinas em Dores do Indaiá teve o foco em trabalhar os planos corporais e estudar o local e os detalhes para a intervenção artística da manhã de domingo.

O conhecimento das possibilidades de cada plano: baixo, médio, alto e altíssimo.
Assim, a descoberta das expressividades corporais. Cada cena é um risco preparado.
Uma preparação intensa.

O teatro é um estado de exposição com essa preparação.

Explorar os movimentos corporais e estar em contato com diversas possibilidades que o corpo proporciona. Veja estes movimentos: novas descobertas. A caminhada e a relação de cada um com o "espaço".

Pela manhã e também à tarde, o grupo foi analisar o local da apresentação.
A escolha de um teatro em movimento. Nesta análise há um diálogo com o espaço.

Cada um leva a sua história para o local, mas também dialoga com este mesmo espaço.

Um teatro que está interligado com o "espaço".

O grupo estuda e percebe que nesta modalidade de "teatro livre" deve abandonar os papéis e considerar a plasticidade. As histórias podem ser contadas de diversas maneiras. Até mesmo...de outras maneiras. Chegar neste estado criativo e de liberdade artística é uma conquista do ser humano e que poderá ser conferida na manhã do domingo, 22.

4.º Dia

Chegou o domingo, 22 de abril de 2012. O dia da intervenção artística em Dores do Indaiá (Praça da Matriz). Bem cedo, os participantes do Dramaturgia do Encontro começaram os preparativos para o momento. Figurino e maquiagem...

O trabalho em equipe.
Todos se ajudam...

Antes de qualquer apresentação/intervenção é necessário o aquecimento.
Na intervenção deste domingo, 22, foi possível ver todos os fundamentos do teatro:

"O ator e da atriz consigo...
Com o colega de cena...
Com o espaço cênico...
Com o público...
e com a situação/história."