8 de fevereiro de 2012

Caravana de Artesania em Juiz de Fora - Reflexões de Zildo Flores

DIA 08, QUARTA-FEIRA
Manhã – Parque Halfed



O exercício criativo no Parque, na praça, na rua. O jogo com o espaço, com os passantes e com o fluxo da cidade, ali refletido pelo movimento dos que iam trabalhar, estudar, resolver assuntos do cotidiano, comuns.


De repente, o inesperado, o diferente começa a romper este fluxo...


Primeiro, banquinhos começam a ocupar o centro da praça, interferindo no espaço, criando uma forma circular. Mandala que começa a se formar. O encontro do centro, a criação do núcleo de onde a arte teatral irá se irradiar. Sem a visão, artistas se vêem desafiados a ampliar seus outros sentidos, sua percepção. Caminhar com escuta, com sensação, encontrar o meio, centrar-se para lá chegar. Criar a sintonia com o espaço, com o coletivo e o lugar.


Formas se constroem, círculo que se expande e ganha vida quando objetos cênicos e instrumentos musicais tornam-se traços, pontos e linhas compondo  o segundo aro da mandala... o lugar da cena, lugar da transformação. A praça já não é a mesma... o dia de quem atravessou aquele lugar já não é o mesmo...O cotidiano foi interrompido pela arte, rompeu-se o automatismo com a experiência estética a se iniciar. Lembrança nova a encantar a memória das pessoas que ali estiveram.


Movimentos acontecem dentro desse novo lugar... desse espaço, inédito, artístico, formado dentro de um espaço antigo, comum, talvez até abandonado pela percepção automatizada de cidadãos e passantes. Movimentos acontecem, atraindo olhares, despertando ouvidos e curiosidades. “O que é isso?” “Olha os palhaços!”, “vai ter teatro aqui...”. Frases soltas, largadas no ar...

Artistas movimentam-se, começam a se aquecer. Sons diferentes se misturam aos sons urbanos, anunciando que a arte ocupou aquele lugar.


Uma lira, suas notas, nossas vozes...

Um “Peixe vivo” vai chegando devagar...É com ele que vamos convidando as pessoas do lugar... “Como poderei viver...sem a tua, sem a tua companhia”... Um convite em forma de declaração de amor... artistas afirmando ao público que são eles a razão da existência de sua arte.

Convidados a partilharem do momento de criação, espectadores se aproximam com seus corpos, ou pelo menos com seus olhares e ouvidos. O banco da praça, em que se sentaram, torna-se seu lugar na plateia que surgiu quando a praça virou palco, espaço de atuação... novos sentidos vão sendo construídos para o espaço, a praça, os bancos, o dia, as pessoas e a vida que ali acontece... o lugar da cena, lugar de transformação.


O “peixe vivo” vai nadando pelo lugar... transportado pela voz coletiva, água que lhe dá vida e o torna presente, vai chegando aos ouvidos e à imaginação de quem se permite ouvir e olhar. A praça, o parque, tornando-se oceano da arte teatral... nela vamos desbravando os mares da criação. Alcançando as ilhas dos indivíduos, vamos buscando torná-los continente, em ligação uns com os outros.

Uma nova história começa... uma pequena valsa vai se espalhando pela praça, música misturando-se à paisagem sonora do lugar, vai trazendo em suas notas duas personagens. Uma menina, conduzida por um mascarado, giram pelo espaço, e em torno de si mesmos, convidando olhos, ouvidos e corações a mergulharem em seu mundo, com sua imaginação.

Uma música, uma máscara, a dança pelo espaço. Uma volta, valseada, da menina e o personagem mascarado, pela praça, como um sonho que começa num bailado... um labirinto nasce da ação. Em seu centro, no meio da roda-mandala, a menina está perdida. O seu guia partiu e a deixou a procurar.


Chega um mensageiro, figura flutuando sobre uma roda, poética chegada, vem algo lhe entregar... Ele brinca com a menina, entre a recusa e a entrega, surge a interação. Coroando a brincadeira, um presente lhe é deixado: pequena mala, de onde surge uma surpresa... A menina encontra um novo círculo, pequenino, dentro do maior. Uma bola, transparente, filha da água daquele lugar... A menina brinca, a bola gira e flutua em suas mãos, ao embalo da música que vai surgindo do próprio bailar da bola com a menina. Ora peixe, ora bolha, ora flor, a bola gira e vira em leve movimentar.


Novos personagens chegam... rompendo o silêncio, mudando o fluxo da emoção, vêm pescar nas águas seus peixes e do público sua atenção. Buscando o equilíbrio do espaço e das ações, lançam seus anzóis para fora da ilha-mandala, buscando pegar aquilo que ainda não chegou... pescadores do riso e da poesia, vão encantando olhares passantes, fisgando a curiosidade alheia, que se aguça e faz o olhar se aproximar da roda com mais atenção... dos movimentos ritmados e silenciosos das duas figuras, nossa imaginação vai sendo provocada a entrar naquele mar... Aos poucos, bolas vão chegando ao centro, claves vão surgindo, e do giro no ar, vão passando ao seu mergulhar... peixes artísticos sendo fisgados pelas varas invisíveis dos pescadores do encantar...


Um duelo. Varas-guarda-chuvas tornam-se espadas... os dois palhaços se enfrentam, desafiam a si mesmos e ao público a um mergulho na graça da imaginação. Um duelo abre as portas à tradição... cena clássica, da “morte do palhaço”, ganha vida no centro da roda-ilha-palco-mandala, acontecendo no diálogo entre o conhecido e o inusitado, quando um palhaço tenta ressuscitar a palhaça... uma perna deita-se, um braço levanta; um braço deita-se, suas pernas se estendem para o céu. É o corpo da palhaça, brincando com a morte, como todo artífice desta arte faz... brincar com a vida e com a morte, para dar nova vida ao riso e à sensibilidade humanas. O público acompanha, de longe ou de perto, alguns pescando apenas trechos da cena em andamento, passando em direção ao seu cotidiano, ali interrompido pelo fluxo teatral. Outros, mergulhando na cena inteira, desde o início, fisgados pela curiosidade e desejo de viver nova emoção.

A brincadeira da vida-morte acaba, para outra nascer. De longe, de mundo distante, vai chegando uma sereia, nas ondas da poesia que se instaurou naquela praça, pelo acontecimento teatral.


Ela chega aos poucos, delicada, poética, vibrante, no fluxo das águas invisíveis em que mergulhamos, seguida pelo fluxo visível de seu véu flutuante... passeia pelo espaço, encanta olhares, desperta mais uma vez a curiosidade e o olhar de quem por ali passava... o fluxo do cotidiano já não é o mesmo, interrompido e enriquecido pelo fluxo teatral... de perto ou de longe, pessoas param para olhar, descobrir o que aquela nova figura faz naquele antigo-novo lugar... em seus passos, a personagem-sereia vai chegando ao centro do lugar... do encontro entre personagens, vai nascendo, de leve, vagarosamente, a música, o passo, a ação... o palhaço dirige o fluxo, a cena, o movimento, indicando aos personagens-atores o quê fazer, para onde ir. Vai nascendo nova movimentação...


Girando, em torno da roda-mandala-palco, os artistas vão tocando instrumentos, olhares, ouvidos, corações... da música, lenta, pequenina, vai nascendo nova força e andamento, que, acelerando, vai encontrando mais longe o encantamento a que se propõe... Girando e caminhando, aquele grupo de artistas vai seguindo, andando, indo, até se aproximar do público que de longe acompanhava a história que se contava no ato teatral.

Vão seguindo... A música novamente vai se tornando a água através da qual artistas e espectadores navegam pelo fluxo das emoções, água em que se pesca sentidos, sensibilidades e imaginações; os artistas vão se despedindo, deixando suas marcas nos ouvidos, olhos e corações de quem parou para ver e ouvir e de quem, sem parar, se permitiu encantar enquanto caminhava, passageiro, por ali.


Os artistas seguem para o centro. Trazem novamente a atenção de todos para o centro-roda-mandala teatral, ali criada no centro do local. Finalizam seu ofício, sua arte, seu teatro, com um trecho musical. Agradecem ao público, ao parque, à vida, que sendo maior que a arte, a torna grande, proporcionando a oportunidade e a inspiração para que possamos criá-la, exercitá-la, torná-la realização.




Por Zildo Flores.

Obs. Esta ação fez parte da programação artística Caravana de Artesania, realizada em Juiz de Fora no dia 8/02/2012.

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Reflexões: Caravana de Artesania em Juiz de Fora – fevereiro de 2012

DIA 08/02/2012, QUARTA-FEIRA
Tarde – Praça Antônio Carlos

Nossa conversa se iniciou a partir da proposta de falarmos sobre a experiência artística de cada um, nos lugares em que vive e trabalha.

Coloquei abaixo algumas frases, ditas pelas pessoas presentes, em diferentes momentos desta conversa e que pareceram interessantes:

“O essencial não é a resposta que a arte nos dá, mas as perguntas que ela nos provoca.”
“A vida é maior que a arte. Esta deve estar a serviço daquela.”
“O trabalho como um “meio” e um “fim”. Uma questão importante para o artista se fazer: “essa experiência está servindo como meio para quê?”
“De vez em quando, passar uma rasteira em si mesmo, para deixar o pensamento flexível.”
“Princípios: “Encontrar pessoas, cuidar do encontro e gerar relações mais justas”.
“Se eu quero algo, se eu corro atrás, as coisas chegam, elas acontecem.”
“Até o que “não dá certo” é importante, a gente aprende com isso.”
“As Ciências sociais se propõem a interagir com o social. Na verdade, percebo que o Teatro é que verdadeiramente interage com a sociedade.”
“A vida é o eterno movimento do ser”.

“A relação com o dinheiro muitas vezes atrapalha o trabalho, gera competição e divergências. Mas é possível se trabalhar a partir de outras relações de trabalho, de outra lógica para resolver estas questões.”
“É importante ajudar outras pessoas a conseguirem realizar o que querem e a trabalhar.”

Cada pessoa que participou desta roda, contou um pouco sobre seu percurso de encontro com a arte, formação acadêmica e profissional e sua experiência de atuação no campo artístico, ou em outros campos, mas em diálogo com as artes.

Tais relatos foram nos situando sobre as diferentes visões destas pessoas sobre os lugares onde trabalharam ou trabalham, sua relação com o meio artístico e também algumas de suas dúvidas, conflitos ou descobertas e conquistas relativas ao trabalho teatral, seja ele em caráter amador ou profissional.
Um ponto que se destacou ao longo da conversa foi o da relação entre a atuação artística e a própria história de vida de cada pessoa. Neste sentido, foi possível perceber que esta história é feita de escolhas, realizadas de forma mais consciente ou inconsciente por cada indivíduo, que se vê confrontado por desafios, questões ou circunstâncias que o vão provocando a refletir sobre seus objetivos, desejos e necessidades, às vezes já apontando caminhos e soluções, às vezes somente abrindo espaço dentro de suas próprias almas para descobrir o que irão buscar.

Em alguns momentos, o relato de uma das pessoas trazia respostas ou apontava possibilidades para as dúvidas e conflitos de outra; em outros momentos, tal relato apontava posicionamentos ou ideias diferentes, desvelando que a vida e a arte são fenômenos mais complexos do que se pode limitar a um único modo de se viver, perceber ou agir. Em alguns casos, o encontro com a arte aconteceu como conseqüência de um desejo, de uma busca à qual a pessoa foi levada por outras circunstâncias. Em outros casos, foi este encontro com a arte que provocou novos desejos, uma nova busca, a ser realizada pela pessoa, seja relacionada ao próprio fazer artístico, encarado como escolha profissional e proposta de vida, ou outra busca, em que o fazer artístico vai sendo vivenciado como meio, instrumento ou veículo para se alcançar outros objetivos e propostas.

O diálogo entre as dimensões individual e coletiva da vida foi outro ponto que apareceu como fator importante neste assunto e nesta experiência entre vida e arte. O que seria mais importante: o individual ou o coletivo? O que vem em primeiro lugar? A qual devemos dar mais atenção? Estas são perguntas limitadoras, que nos direcionam para um raciocínio típico do mundo acadêmico, científico, no qual a realidade é fragmentada para ser analisada e explicada. Na verdade, os relatos feitos vão nos mostrando que a realidade é mais complexa, diversificada e articulada do que o raciocínio ou qualquer posicionamento que escolhamos para definir o que ela seja. Não há um mais importante que o outro. Não há um que deve vir em primeiro lugar! Afinal, um coletivo é formado por indivíduos, que fazem parte dele com tudo o que os constitui como seres humanos e interferem na dinâmica do coletivo. E, ao mesmo tempo, um indivíduo é formado pela cultura dos coletivos em que vive ou viveu, sua personalidade individual é influenciada e moldada pelos valores, conhecimentos e práticas dos grupos aos quais se integrou durante sua existência. Mesmo quando escolha opor-se a estes, sua referência, mesmo que para a negação, são tais grupos.

Na arte teatral, o exercício do diálogo entre o individual e o coletivo é sempre presente. Um indivíduo que abandone tudo o que é seu, que se anule em função do coletivo, não pode criar. Não pode exercer sua arte verdadeira, nem descobrir e produzir artisticamente. É um autômato da estética. Um alienado cultural. Ao mesmo tempo, se nunca cede em função do coletivo, do bem comum, não será capaz de fazer um trabalho artístico que tenha sentido e importância para os outros. Se não dialoga com as regras, com objetivos maiores, se não sabe fazer o que é necessário, limitando-se somente ao que quer fazer, sua arte será reflexo de uma dinâmica egocêntrica, narcisista, e sua produção artística dificilmente trará algo novo e significativo para os outros, para os grupos sociais que alcance. E se não reconhece o valor do conhecimento cultural que lhe foi transmitido pela sociedade, desde a linguagem cotidiana até os princípios técnicos e filosóficos da arte que exerce, não consegue aprofundar seu exercício criativo, não consegue desenvolver um pensamento, uma visão acerca da mesma. Arrisca-se a limitar-se a um fazer superficial, desconectado e desenraizado da cultura e da realidade social nas quais atua.

O diálogo entre o individual e o coletivo: este é o caminho do equilíbrio. Equilíbrio dinâmico, que se estabelece diferente em cada nova situação. Um movimento que cada ser aprende a fazer no exercício de criação artística e na relação com a vida através da arte. Movimento em que às vezes se privilegia necessidades e limites individuais, o espaço de si mesmo; e em outras, em que se entrega generosamente ao coletivo, privilegiando os objetivos e demandas que este apresenta.

Por isso, a arte é tão diversificada. Porque vem do sentido que cada artista dá ao seu próprio fazer. Bebe-se na fonte da tradição, daquilo que já foi criado e ensinado ao longo da história da humanidade, em cada povo, de cada lugar. Mas, ao se realizar o ofício artístico, cada artista reinventa a tradição, colocando algo de seu no que lhe foi transmitido. Isto é a criação. Ao mesmo tempo, uma arte que se faça sem raízes, ou pelo menos sem o reconhecimento e valorização destas, é uma arte desconectada, que corre o risco de acontecer sem profundidade ou verdadeira importância.

Reinventar o antigo; enraizar o novo. Movimentos essenciais. Outro diálogo necessário à arte Teatral.
Diálogo. Esta é essência da arte teatral. Da Arte do encontro. Exercitado em nosso encontro na praça, cada qual contou um pouco de sua história, partilhou suas visões, dividiu experiências, perguntas e respostas que vêm lhe provocando ou guiando na relação com a experiência teatral. Em cada lugar, de São Paulo a Minas Gerais, passando por Rio de Janeiro, Bahia, Europa e Brasília, diferentes visões, gerando diferentes relações com o trabalho artístico. Sozinho ou Coletivamente? O que é o melhor? O que é possível? Profissionalmente ou como lazer? Entrega total ou em diálogo com outras profissões? Qual é a escolha de cada pessoa ali presente?
Todas as respostas podem ser possíveis e verdadeiras, porque todos os indivíduos ali representados têm suas trajetórias pessoais, únicas, verdadeiras e igualmente importantes. E dentro de cada história, as escolhas feitas e efetivamente vivenciadas são as que fazem ou fizeram sentido para quem as escolheu. Uma é mais certa que a outra? Um pode mudar a do outro? Perguntas que a arte não se preocupa em determinar, porque acolhe todas as respostas, ao nos ajudar a encontrá-las dentro de nós mesmos e, assim, também buscar lá fora aqueles que delas vão querer compartilhar...

O essencial é garantir o encontro, a experiência e uma prática fortalecida pelo aprendizado, pela elaboração do conhecimento, pela troca de informações, pelo diálogo do ser consigo, do ser com o outro, do coletivo com o ser... diálogos que se articulam na realidade e a partir dela, através de um posicionamento crítico-reflexivo e criativo, que possibilite ao artista não só atuar em cena, como também realizar e transformar a realidade em que sua cena acontece.

Por Zildo Flores


6 de fevereiro de 2012

Caravana de Artesania em Juiz de Fora e região (2.º ano)

Iniciamos o 2.º ano da Caravana de Artesania, cheios de vontade de aprofundar as dinâmicas descobertas, radicalizar (ir na raiz) da situação de estar-em-viagem e encarar/superar (no passo-a-passo) os desafios do processo.

Nossa primeira viagem em 2012, como Caravana de Artesania, foi para Juiz de Fora. A última vez em que estivemos na cidade foi em dezembro, apoiando as comemorações do Dia do Palhaço promovidas pelo Espaço Mescla. Também estivemos na cidade em novembro, integrando ações de outros projetos da Associação Teatro Terceira Margem.

Na quinta (dia 2/02) à noite, re-encontramos no Parque Halfeld com colegas das artes e conhecemos mais pessoas tocadas e interessadas pela arte. Após experimentar diversos tipos de malabares com a orientação de Lais de Oliveira e Thais Oliveira (integrantes da Caravana), iniciamos uma roda de conversa onde surgiram convites e articulações para realização da programação artística. Ao final, esboçamos um roteiro artístico a partir de situações que surgiram nos exercícios.



Na sexta (dia 3/02) de manhã, fomos novamente para o Parque Halfeld. Contando com a participação de jovens estudantes do Circo Escola Carequinha, colocamos em prática o roteiro esboçado no dia anterior. A TV Panorama esteve no local, registrando o momento final da intervenção.




À tarde, fomos para o Circo Escola Carequinha. Fizemos uma roda de conversa sobre elaboração de projetos culturais com orientação de Ana Amélia Arantes (produtora cultural de BH). Quantas trocas, emoções e aprendizados!



No sábado (dia 4/02), fizemos a intervenção Rua de Artesania no Parque Halfeld. Vieram como público algumas pessoas que viram a matéria da TV e também alguns colegas da cidade, que atuaram na apresentação. Momentos mágicos de encantamento, sensibilidade e criatividade.





À tarde, fomos novamente para o Circo Escola Carequinha, continuando o bate papo sobre elaboração de projetos e gestão cultural. A escola ganhou o Prêmio Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo e em breve terá uma nova lona. As aulas no circo começam em março!




No domingo (dia 5/02), fomos para o acampamento Dênis Gonçalves, ligado ao Movimento dos Sem Terra. Foi um encontro muito bom. Apresentamos uma intervenção cênica-musical, que foi bem acolhida pela comunidade, e depois fomos para uma tenda onde a arte educadora Polyana Ribeiro ensinou a fazer peteca (surgiu até um pedacinho de uma música sobre peteca!).















 


Cristiano Pena puxou uma brincadeira de pular corda e as gêmeas Thais e Lais orientaram a experimentação de malabares. Teve também contação de história com a boneca “Maria Calunga” e Júnia Bessa trouxe alguns livros e vídeos para mostrar e doar à comunidade. Almoçamos com a comunidade (que delícia!), que nos ofereceu presentes. Palmas para essa brava comunidade que é tão sensível mesmo diante de tantos desafios!







   

Agradecemos aos artistas e participantes da Caravana: Antonio Celestino, Alessandra Rizza, Ana Améilia Arantes, Ana Julia Toledo, Bianca Leite, Cristian Lacerda, Cristiano Pena, Davidson Lopes, Demetrius Lopes, Dolor Pereira, Domingos Netto, Guilherme Gravina, Gustavo Neri, Júlia Guerra, Júnia Bessa, Lais Oliveira, Laura Daibert, Larisse Lúcia, Liliane Vidal, Ludmila Bandeira, Luiz Carlos, Cosme Pataxó, Poliana Ferreira, Polyana Ribeiro, Sandra Stevanovik, Thais Oliveira, Valdir Alves e Willie Broriel. Agradecemos também a equipe do Hotel Robleville.


Na segunda (dia 6), fizemos uma intervenção artística na Escola Municipal CAIC Rocha Pombo, a convite da arte educadora Bianca Leite. Rafael Bertolaccini (Palhaço Trevolino) veio do Rio de Janeiro para colaborar com a Caravana. Bem vindo, colega! Era o dia de “volta às aulas” e lá encontramos com estudantes de teatro da escola e palhaços do Espaço Mescla, todos convidados para o evento e também o Júlio, que participou da Roda de Palhaços e nesse dia estava assumindo a direção da escola. 






À noite, visitamos o Espaço P&B, a convite de Fabrício Sereno (prof. da escola e palhaço) e Polyana Ribeiro (estudante de teatro). Aprendemos quedas e cascatas com orientação de Rafael Bertolaccini, exercícios de biomecânica com Fabrício Sereno e acrobacias com orientação de Cristiano Pena. Trocas, aprendizados e muitas risadas!








No caminho, achamos uma sacola com retalhos de panos, jogada na rua. Claro que levamos para casa, já pensando nos incríveis figurinos e adereços artesanais em que os panos podem se transformar!


Uma parte foi doada ao bazar beneficente do Grupo Espírita "Seareiros de Cristo".


Na terça (dia 7), foi o dia do descanso: lavar roupa, fazer produção, pesquisar malabares na internet... ah, sim! descansar... e celebrar mais uma amizade na casa de Luiz Carlos (Palhaço Romeu).


Na quarta (dia 8), fizemos uma vivência artística no Parque Halfeld. Novos personagens e situações foram surgindo...







À tarde, aconteceu um encontro reflexivo na Praça Antônio Carlos, com avaliação e planejamento das ações da Caravana.


Na quinta (dia 9), voltamos ao Parque Halfeld, onde pulamos corda, fizemos vivências de malabares  e intercâmbio musical com Luiz Carlos.








Na sexta (dia 10), fizemos uma intervenção itinerante pelas ruas do centro, com a missão de encontrar adereços e figurinos para os(as) palhaços(as). Achamos tudo em bazares beneficentes. As compras ficaram dentro do orçamento previsto e ainda contribuíram para causas sociais. Que elegância! E ainda ganhamos uma mala de presente.


 



À tarde, mais uma reunião para planejar as visitas do dia seguinte. Zildo Flores contribuiu orientando um bate papo sobre o movimento de palhaços em hospitais e projetos sociais.

No sábado (dia 11), fizemos uma intervenção artística no espaço e nas ruas do entorno do Grupo Espírita "Seareiros de Cristo" (b. São Pedro), a convite de Poliana Ferreira.








 

À tarde, visitamos o hospital Santa Casa (SUS), a convite de Luiz Carlos.



As ações da Caravana continuam!
No domingo (dia 12), iremos a Santos Dumont. Na segunda e na terça (dias 13 e 14), estaremos em Lima Duarte. Encontros e vivências de teatro de rua, arte de palhaços, rede comunitária de cultura... Acesse a agenda no site www.teatroterceiramargem.art.br ou ligue para (31) 9997-6912. Atividades gratuitas. Participe! 

Agradecemos aos artistas e participantes da Caravana em JF e aos colaboradores que registraram as imagens: Antonio Celestino, Alessandra Rizza, Ana Amélia Arantes, Ana Julia Toledo, Bianca Leite, Cosme Pataxó, Cristian Lacerda, Cristiano Pena, Davidson Lopes, Déborah Lisboa, Demetrius Lopes, Dolor Pereira, Domingos Netto, Estephania Lopes, Guilherme Gravina, Gustavo Neri, Júlia Guerra, Júnia Bessa, Júlia Soldati, Lais de Oliveira, Laura Daibert, Larisse Vidal, Liliane Vidal, Ludmila Bandeira, Luiz Carlos, Natan Santos, Poliana Ferreira, Polyana Ribeiro, Rafael Bertolaccini, Raphaela Eiras, Sandra Stevanovik, Tio Geraldo, Thais Oliveira, Valdir Alves, Willie Broriel e Zildo Flores. Agradecemos também a equipe do Hotel Robleville.

Leia e assista esta matéria sobre uma das intervenções realizadas pela Caravana:

E a Caravana segue para Santos Dumont e Lima Duarte!

No domingo (dia 12), realizamos na praça pública central de Santos Dumont, MG uma vivência artística com malabares, orientada por Laís de Oliveira e Thais Oliveira. 




Logo depois, fizemos uma roda de conversa orientada por Cristiano Pena. Nesse dia, encontramos com participantes de projeto promovido pela Associação Teatro Terceira Margem durante o ano de 2011 e também crianças e transeuntes presentes no local.



No dia seguinte, fomos para Lima Duarte, MG. O convite para esta ação veio de Carlos Henrique de Paula e Cíntia Gabes, casal de artistas que conhecemos durante as ações da Caravana realizadas no Parque Halfeld e que ofereceram sua casa para hospedar nossa equipe. 


Na segunda (dia 12), fizemos um intercâmbio artístico com integrantes da Companhia de Dança "Garotas Country Show", animada pelo casal de artistas.



À noite, aconteceu na sede do grupo uma apresentação de cenas de música, arte de palhaços, magia e dança - interpretadas por integrantes da Caravana e da Cia de Dança e contando com a participação de parentes, amigos, familiares e a comunidade em geral - como respeitável público.











Na terça (dia 13), fizemos uma intervenção artística-musical 
circulando pelas ruas da cidade. 






 

Agradecemos aos artistas, participantes e colaboradores que registraram as imagens: Anna Paula Ribeiro Lopes, Carlos Alexandre Campos, Carlos Eduardo, Carlos Henrique de Paula Pereira, Cíntia Gabés, Cristiano Pena, Isadora Ribeiro, Laís de Oliveira, João Pedro Bráz, Júnia Bessa, Pedro Henrique de Moraes, Thais Oliveira, Zildo Flores e integrantes da Companhia de Dança "Garotas Country Show".

Até breve!


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Informações: (31) 3462-8907 ou (31) 9997-6912.
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