"Olha o riso aqui, olha o riso lá, olha o riso aí...ri melhor quem ri de si..."
De 10 a 15 de agosto, realizamos em Abaeté a Oficina Arte de Palhaços. O foco desta vez foi a criação e confecção de figurinos a partir da customização. Momentos reflexivos também fizeram parte. A orientação foi de Cristiano Pena (teatro) e Mariana Roberti (figurino). No apoio artístico e de produção, Júnia Bessa e Poliana Reis. As atividades aconteceram na CNEC.
No dia 10 (sábado), fizemos aquecimento corporal, sensibilização para o universo do(a) palhaço(a), início do estudo dos figurinos e combinados para o processo desta oficina. Ao final, alguns participantes ficaram para preparar uma saída de palhaços no Baile à Fantasia, na Mansão do Aeroporto. Preparamos figurinos e maquiagens e fomos ao local. A intervenção surpreendeu as pessoas, provocando olhares, risos e curiosidade.
No dia 11 (domingo), iniciamos os trabalhos de criação dos figurinos. Após aquecimento coletivo, fizemos uma roda de observação dos figurinos de cada um(a), seguida de comentários do palhaço(a) em questão e sugestões de todos(as). E então, mãos à massa!
Mariana orienta a composição dos figurinos dos paspalhos. |
Adelma, participante do grupo e costureira, contribuiu com sua experiência profissional. |
Pra começar, aquecimentos corporal |
No dia 12 (segunda), tudo começou com o cuidado do corpo - o aquecimento corporal. Começamos tocando o próprio corpo "como se o corpo fosse massa de pão de queijo", orienta Cristiano Pena. Depois, o aquecimento da voz. Para isso, alguns exercício e a canção "Palhaços", criada pelos próprios integrantes do grupo de estudo "Paspalhos de Abaeté":
"Palhaço... tô chegando...
Palhaço... tô chegando...
Olha o riso aqui, olha o riso lá, olha o riso aí...
Ri melhor quem ri de si..."
Ri melhor quem ri de si..."
Mariana entre linhas, tesouras e cores para o figurino do Paspalho Jojô. |
Em seguida, partimos para a continuidade da construção dos figurinos dos paspalhos de Abaeté, com orientação de Mariana Roberti.
Júnia Bessa também contribui com os detalhes. |
A sala da Cnec ficou repleta de retalhos e afins, dando a ideia de um "ateliê itinerante" |
Botões, fitas, cores, tecidos, medidas, linhas, agulhas, alfinetes, tesouras, máquina de costura e outros materiais foram disponibilizados para que os participantes pudessem criar e confeccionar seus figurinos, contando com a colaboração de todos(as). Cada figurino foi adequando à personalidade do paspalho, seu jeito, suas características e habilidades específicas. Um cuidado e uma dignidade que faz parte do exercício desta arte.
Poliana Reis orientou o momento reflexivo. |
Depois do momento de criação, foi a vez do momento de reflexão orientado por Poliana Reis (foto ao lado). Poliana falou sobre o tema "Arte, Cultura e Sociedade".
Ela abordou sobre as diferentes manifestações culturais, exibiu fotos de manifestações da região, como a Congada e destacou o conceito de "Ator Social": pessoas que buscam conhecer o contexto social em que vivem e colaboram para transformar essa realidade. Adotam uma postura ativa, se posicionam com relação a cultura.
"Os princípios do teatro dialogam com os princípios do ator social", afirmou Poliana durante o momento reflexivo.
Algumas expressões culturais foram exibidas durante o momento reflexivo. |
Nesse dia, também tivemos a visita do professor de português da escola, Flávio da Silva, que conduz um grupo de poesia na cidade, o "Fazer a Arte". Ele disse que dedicou essas horas da segunda-feira para ter a oportunidade de observar como são feitas as oficinas, aprender mais sobre o teatro e ainda fazer alguns registros fotográficos.
No dia 13 (terça), nosso encontro continuou na Cnec. Desta vez, aconteceram as finalizações dos figurinos e a criação de novos. Sim, nesse dia novos participantes apareceram! Os integrantes do "QG da Alegria", grupo de estudos de Quartel Geral, chegaram com seus figurinos e propostas. Mariana dedicou seu conhecimento para concluir o trabalho dos figurinos já iniciados e contribuir com ideias para compor os figurinos dos novos participantes. Todos colocaram a mão na massa. Detalhes e arremates para aluns, observação e criação para outros. O exercício da criatividade seguiu durante toda a oficina. Sempre estimulando a experimentação, Mariana contribuiu com o processo criativo de cada participante.
Mãos para arte... |
Ao final, cada participante apresentou seu figurino na roda coletiva. |
A oficina contribuiu para que cada participante descobrisse e intensificasse, através do seu figurino, o paspalho que é, seja Branco, Augusto ou Toni. Com retalhos, pedaços de fita, botões coloridos e criatividade, os figurinos estimularam a auto-estima dos paspalhos e a descoberta de novas possibilidades.
A noite foi concluída com a exibição e compartilhamento de livros sobre artes cênicas e cultura geral.
Em parceria com o Ponto de Cultura Caravana de Artesania, Júnia Bessa falou sobre essa possibilidade mágica que a leitura pode proporcionar e apresentou as obras.
"Os livros abrem portas para o conhecimento de outras realidades. Permitem o contato com autores que ainda não conhecemos, mas que falam de temas que estão próximos da gente." Alguns livros foram doados para o grupo de estudo teatral de Abaeté e para a biblioteca da CNEC.
Os livros ficaram expostos ao final da oficina. Incentivo à leitura e à busca de novas visões.
No dia 14 (quarta-feira), a oficina foi concluída com dois momentos de contato com o público, onde os paspalhos puderam 'exibir' seus novos figurinos. De tarde, os paspalhos fizeram uma intervenção surpresa no Colégio CENC, ao final de um evento (um teatro) que a escola tinha organizado.
Paspalhos sobem no palco montado e surpreendem alunos e professores.
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À noite, a intervenção aconteceu na Faculdade Funedi UEMG. Os paspalhos interagiram com alunos e professores durante o recreio, criando um momento lúdico e interativo. |
Paspalhos brincam de sentar em uma cadeira. |
Bunito dimais!
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