OCÊ
Dimir Viana
Bem dentro daquela serra
Tem um pé de alecrim,
Eu vou perfumar a terra
E trazê ocê pra mim
(REFRAO)
Com jeito de um jeito que é sem defeito
Com feito que é seu enfeite,
No jeito pro meu carinho
Com inho sempre com inho,
Com jeito que ela é tão bela
Que é dela que ela é ela
Com jeito do seu ensejo
Porque sei que tem desejo.
Sei que vem lá de traz
Porque de traz tem tudo de querê
Querê quê tê tê quê tê querê e vê!
Ocê sabe o que eu quero;
O que eu quero nunca deixo
De querê e querê sempre
Que é querê ocê.
REFRAO
Meu amor lhe quero. Um beijo,
Um beijo lhe dou agora,
Agora que é mesmo a hora pra fazê um grande amor
Porque a vida passa inteira
Como numa corredeira de um rio que vai embora
E se vai a gente chora,
Mas eu sei que agora é hora de vê ela, de vê ela...
REFRAO
Meu amor, lhe fiz calango , fandango fiz mambo e tango,
Rolando, correndo a pé
Nas terras mas sei pra quê.
Pra cantá cantá cum quê?
Cantá pra quem veio vê
Pra cantá que eu sei, pra ela,
Pra ela que a vida é bela! É bela pois tem ocê!
REFRAO
Meu amor corre pra perto!
Pra perto que o deserto é certo
Que me cerca é certo
Que o certo nem sei quem tem,
Que sei que o amor é belo
Porque ele traça um elo:
O elo de um grande bem.
DÓ
Dimir Viana
Dó, eu tenho dó de ti
Dó, eu tenho dó de mim
Eu tenho dó sim
Pois nosso amor
Só era assim, assim
Abraços e beijin
Abraços e beijin
Mas depois chegou ao fim
Ocê me dava um beijo só
E eu já ficava assim assim
Com a pele arrepiada
Por causa dos seus carin
Cê me chamava de meu bem
Eu te chamava de benzin
E era tanta noite inteira
Entre abraços e beijins
LOUVAI! LOUVAI!
Dimir Viana
Louvai louvai este rito de beleza
Louvai louvai este rito de beleza
Onde o sol brilha os sonhos
Espantando a tristeza.
Nào pedi pra partir
Parti
Não pedi pra chegar
Cheguei
Não pedi pra entrar
Entrei
Não pedi pra ficar
Fiquei
Eu pedi pra estar
Estou
Eu pedi pra cantar
Eu vou
Eu pedi pra amar
Me dou
Eu pedi a justiça
Eu sou!!!
MARÉ
Domínio Público
Eu vou me banhar, numa água tão cristalina
Numa água tão pura e fina que desce pra maré
(bis)
Maré...maré...eu vou me banhar nas águas dessa maré
Maré...maré...eu vou me banhar nas águas dessa maré
MANEZINHO
Juliana Floriano
Num adianta Manezinho me dar flor
Num adianta Manezinho me dar flor
Que eu não vou, que eu não vou, que eu não vou,
Que eu não vou, que eu não vou, que eu não vou, que eu não vou
(bis)
Lá no terreiro de João
Lá no terreiro de João
Tem balão, tem balão, tem balão, tem balão
Tem balão, tem balão, tem balão
(bis)
Tem festa, tem noite
Tem lua, tem doce
(bis)
Bom pra cumê até se acabar
Tão me dizendo que a Cidinha vai tocar
Bom pra cumê até se acabar
Tão me dizendo que o Zezinho vai estar lá....
(bis)
DIA DE NOITE DE LUA
Juliana Floriano
Mainha acorda pra ver a lua nascer
O céu está tão azul para receber
Que hoje é dia Mainha é dia de noite de lua
Que hoje é dia Mainha é dia de noite de luar
(bis)
A festa vai começar, estrelas se põe a brilhar
Na mata há brilho no olhar, sussurro da brisa com o mar
Que hoje é dia Mainha é dia de noite de lua
Que hoje é dia mainha é dia de noite de luar
Que hoje é dia Mainha é dia de noite de lua
Que hoje é dia Mainha hoje é dia hoje é noite
FOLHAS
Juliana Floriano
Assa-peixe, Pára-raio, Samambaia
Corredeira, Mata-pasta, Angá, Pitanga, Manga
Canela de cheiro, Cana-do-Brejo
Cassadinha, Capebá, Acassá, Cordão-de-velho
Vassourinha, Lírio-do-Brejo, e o cheiro contagia..
Dança lança de São Jorge no salão Tapete de Oxalá
Erva de Santa Bárbara lágrima de Nossa Senhora
Jambu, Bambu, Pelegum, Beijinho
Panacéa, Urucum vermelho, Cidreira, Pinho
São Gonçalina, Cipó-abre-Caminho e o cheiro contagia
Elevante, Arnica, Manjericão branco e o perfume contagia
Alfavaca, Camborá, Mamaná, Copo-de-leite, Vassourinha
Alfavaca, Camborá, Mamaná, Copo-de-leite, Vassourinha
Alfavaca, Camborá, Mamaná, Copo-de-leite, Vassourinha..
(bis)
MORENA D’ÁGUA
Juliana Floriano
Ela era uma morena, uma morena tão bela
Cheirosa, formosa, nunca vi moça tão bela
Quando saía pra roda dançava a noite inteira
Axé, coco, caxambu, baião, rasqueado de primeira
Quando saía pra roda dançava la noche entera
Forró, frevo, carimbó, macarena e xaxado de primeira
Quando a noite era de lua todo povo se alegrava
Ia pra beira do rio bailar na beira d’água
Na areia morena
Morena d’água
Baila na beira
Na beira morena
Na beira d’água bailava
Linda e faceira
Levanta a saia na areia
Na beira d’água
Ela diz: oi
Eu digo: ai
Ela diz : oi
Eu digo: aiaiaiai
DIZ QUE FOI
Juliana Floriano
Alemão cascuco, carrapato, barrigudo
Faz a barba com gilette, come pão cum omelete
Ói que os zóio são quatro, diz que foi
Dois de vidro e dois de boi
O Seu Chico do Bode deitou no melado
No pagode côco queimado
Cai no chão e não arrebenta
Se cair, levanta e senta
Montou num burrico companhia de Lambão
Caçar rumo de feirinha, pra cumê arroz cum feijão
Na cuié do pau do Seu Nicolau
Convidou Maria Tereza
Rita, Nico e Ivanete
Uma perna fina e a outra tesa
Ói se o fogo apaga nóis num pita
Deixa armada a arapuca
Se tem dente chupa cana
Se não tem come gorgura
Cidadão safado diz que é cabra camarada
Rouba açúcar de gamela corre pra beira de estrada
Ói tem corpo de homi, cara de muié
O sapato nao tem bico
A cabeça é chata e a perna tesa
Mão de vaca, pé de pato
Ói no bico cachimbo, chouriço e cachaça
Compra fiado e não paga
Capivara, tatu, bode, na conta da Salomé
(bis)
Ê Lambão...capivara, arroz, feijão
Ê Lambão...capivara, arroz, feijão
(bis)
COCO DA MUTAMBA
Juliana Floriano e Dimir Viana
Foi debaixo da mutamba
Comecei a namorar
Foi debaixo da mutamba
Comecei a namorá
Foi o sinal foi o sinal
Da mutamba de lá
Foi o sinal foi o sinal
Da mutamba de lá
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