18 de maio de 2013

Teatro de Artesania: Dores do Indaiá - Oficina



De 16 a 23 de maio, vivenciamos em Dores do Indaiá três linguagens de artes cênicas: Dança, Teatro e Circo. Dialogamos com o grupo de estudos teatrais, Sapere Arte, da cidade e novos participantes interessados nas artes cênicas. A oficina aconteceu na E. E. Dr. Zacarias, apoiadora dos nossos projetos culturais na cidade, desde 2011. Acompanhe o relato dessa viagem: 

Dia 16 (quinta) - Acolhida dos participantes, oficina de dança com Flor Murta e vivência teatral com Cristiano Pena. Nessa noite, os participantes descobriram as expressividades e os cuidados do corpo.



Houve vivências e interação entre os participantes. Descobriu-se que existem inúmeras possibilidades de se criar com o corpo. De forma simples, os participantes redescobriram o corpo arte. 

  

Dia 17 (sexta) -  De manhã, vivência de dança, roteiros e teatralidade. Ao som de músicas e palavras, a imaginação foi ativada. Novas histórias se formaram e cada articulação corporal foi se tornando parte integrante dessa história. Histórias que aproximam ainda mais o ser humano da arte.


Atividades simples que resgatam noções de grupo e de compartilhamento. 


De à tarde, numa jornada de dentro pra fora, realizamos uma intervenção cênica na Festa da Família, evento promovido pela E. E. Dr Zacarias, escola que cedeu espaço para realizações da oficinais em maio e em outras ocasiões de 2011 e 2012. Uma retribuição pela acolhida e uma oportunidade de experimentação cênica e encontro com o público.



Dia 18 (sábado) - Aquecimento corporal na escola. Antes do encontro com o público, o preparo. Cada detalhe é percebido e nesses momentos novas informações são compartilhadas. Ensinam, aprendem e compartilham. O conhecimento é adquirido através da expressividade corporal, da arte circense e do estímulo do som musical.


E então, criação de cenas e experimentação em evento público na Praça da Matriz.



No centro da cidade, tarde de sábado e arte.



Dia 19 (domingo) - Apresentação "Uma Casa Bem Assombrada" na Praça do Rosário, com participação dos alunos da oficina. Chegamos cedo para preparar o ambiente, o corpo e a alma. Com cuidado os integrantes cuidaram do espaço, limparam a rua. A arte que cuida do espaço de encontro, a rua. A arte que se relaciona com o espaço público, agora transformado em espaço cênico.









Fizemos um "convite cênico" para as pessoas que estavam saindo da missa e o público compareceu! Momentos mágicos de teatro, circo e dança...





 Ao final, os participantes apresentaram uma cena de palhaços.






De tarde, mais um encontro com os participantes. Desta vez, o tema foi "continuidade".
Como manter/desdobrar/criar a partir das ações iniciadas? Práticas e troca de reflexões...


Cada integrante refletiu de forma sensível a maneira de dar continuidade às ações iniciadas pelo projeto, apropriando-se dos aprendizados da oficina, e lembrando que sempre é possível criar novas possibilidade de fazer teatro, a partir da realidade local. Continuidade através dos encontros, do desenvolvimento da arte e da interação entre os antigos e novos integrantes. 


Dia 20 (segunda) - Exibição de vídeo sobre estilos teatrais e do filme "Circo" com Charles Chaplin, em parceria com o Ponto de Cultura Caravana de Artesania.



Dia 21 (terça) - Oficina de teatro. Após aquecimento coletivo...


...propomos vivenciar um breve processo de criação de cenas. 
Os participantes de reuniram em grupos para propor e preparar suas cenas.




Após as apresentações dos grupos, refletimos sobre escolha do tema/foco da cena, linguagem cênica, criação de personagens... entre outras bases e cuidados característicos do teatro.



Dia 22 (quarta) - Experimentamos um roteiro que reuniu personagens/situações de todos os grupos. Montamos uma mandala no pátio da escola que não foi usada por causa da chuva..


Nossa experimentação aconteceu então no salão da escola, sob leve luz. 
Em uma floresta, aconteceu uma história com libélulas, árvore, crianças, professora, guerreira, tigre, cães, buscas, sonhos e transformações... 
As cenas foram filmadas para estudo.


Dia 23 (quinta) - Exibição de livros sobre teatro, teatro de rua, cultura e cidadania, em parceria com o Ponto de Cultura Caravana de Artesania. Também refletimos sobre bases da ação coletiva, num bate papo cheio de ideias e sementes para o futuro próximo e próspero!


Foram tantas trocas, emoções e informações que convidamos a jornalista Ana Lúcia Lopes, para nos ajudar nesse relato. Ao final dessa postagem, ela também nos presenteou com um belo poema. Deleite-se!

Agradecemos os participantes da oficina, os artistas convidados, 
o grupo Sapare Arte, as colegas Mara e Gisele que fizeram a produção local, 
 a equipe da Escola Estadual Dr. Zacarias, os Secretários de Cultura e Educação da Prefeitura Municipal de Dores do Indaiá e todos os apoiadores que contribuíram para essa vivência de arte cênica na cidade de Dores do Indaiá.

No total, foram abrangidos 50 participantes e 700 espectadores, de todas as idades e realidades sociais. Participaram dessa viagem os artistas: Affonso e Paula da família Monteiro (Circo Aloma), Cícero Silva e Rosana Costa (Teatro/Palhaço), Cristiano Pena, Júnia Bessa e Poliana Reis (Teatro Terceira Margem) e Flor Murta (Dança). 



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O imaginar amigo

                                                                                                     Por Ana Lúcia Lopes

Corpo que estica
Corpo que comunica
Corpo que é visto

Esse corpo que é casa
Esse corpo que é eixo
Esse corpo que dança
Que abala e não se abala
Que se abala e badala

Corpo que resolve o que quer
Corpo que dança
Dança das águas
Dança do ar
Dança do imaginar

Imaginar o corpo
O que corpo decide o se quer
A dança que se faz e se refaz

Dança, teatro e palhaço
Tudo junto
Na expressividade desse corpo
Corpo meu
Corpo seu
Corpo que reflete arte para o povo

Aqui, ali
Ele
O corpo
Descobriu que é bom ser criativo
Então...
Ele dança
Dança corpo!!!

Dança o imaginário
Dança
Vai e vem
Sem dono, sem tempo
Sem história fixa
A história se faz
Se refaz

A história pela música
A história do corpo
Esse corpo que imagina
Que cria como amigo
O imaginar amigo

Corpo
Dança
Teatro
Palhaço
Arte que compartilha
Aqui, lá
Vem cá

Eu sou o corpo 
Que imagina, dança e cria.

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O poema acima foi escrito a partir da sensibilidade e das vivências que aconteceram em Dores do Indaiá, com o projeto Teatro de Artesania, em maio de 2013.

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