3 de junho de 2013

Artesania Nômade: Santos Dumont - Oficina


De 25 de maio a 02 de junho, o projeto Artesania Nômade retornou a Santos Dumont com oficinas de Dança, Palhaço e Teatro. As atividades aconteceram no Centro Cultural Paulo de Paula, contribuindo para a proposta em se criar um Espaço para as Artes nesse local. 

Iniciamos as atividades no dia 25/05 (sáb) pela tarde. Cristiano Pena relembrou as bases conceituais do trabalho artístico e conduziu exercícios para sensibilizar o corpo. Aos poucos, cada um foi se abrindo e se concentrando para mais momentos de troca e aprendizado.


As cores malabarísticas se movimentam... os tecidos, as emoções...
o reencontro de pessoas tão queridas em nome do saber artístico.


No dia 26/05 (dom), fizemos a oficina de tarde. Cristiano orientou vivências para experimentação de malabares e criação de personagens. Bonecas de pano, feiticeiras, dançarinas, artesãs... figuras que surgem povoando todo o centro cultural, mentes e corpos. 

Com o objetivo de aprofundar o trabalho iniciado em abril deste ano e não excluir os novos interessados, organizamos os participantes em duas turmas: uma para iniciantes e crianças, de tarde e outra de noite, para jovens, adultos e participantes que já tiveram contato com artes cênicas.



Bora espantar o frio pessoal!
Aquecimento de músculos e emoções!





No dia 27/05 (seg),  a oficina já aconteceu nos dois períodos, tarde e noite.  Chega o querido parceiro Cícero Silva (ator, diretor e palhaço) para orientar vivências inspiradas na arte de palhaços. Chega e logo desperta olhares atentos para mais saber e troca.


Vamos lá, todos aquecendo a bobagem e a verdade que temos a revelar!!!




 Cristiano continuou o trabalho de criação de personagens. O som do tambor ressoa e provoca a pulsação. Os serem se tornam mais conscientes e vivos, cada vez mais. Lançando-se à criação,  os personagens foram chegando um a um. 




E como a reflexão também se faz necessária, apreciamos também o livro "Arte Secreta do Ator" de Eugenio Barba e Nicola Savarese. Lemos alguns trechos da obra, escolhidos aleatoriamente por cada participante, saboreando imagens e conceitos que fazem parte de um grande baú de conhecimentos teatrais. Ainda bem que a arte secreta do ator pode ser compartilhada!


No dia 28/05 (ter), chegou Flaviane Lopes, a querida Flora (palhaça, atriz e dançarina).
Em sua mala, trouxe mais possibilidades de consciência e expressão para nossos corpos. Os movimentos começaram pequenos, encolhidos pelo frio, mas logo foram se esquentando, vibrando e se ampliando. 


Pintando em cores, vimos que o nosso esqueleto é composto de três partes: 
axial (crânio, coluna e tórax - protegem as partes vitais), apendicular (braços e pernas - dão mobilidade ao esqueleto e nos ajudam a pegar as coisas) e síngulo (ombros, bacia... - articulações que unem os dois esqueletos). 




E vamos pôr o esqueleto pra movimentar! Com cuidado e atenção, vamos re-descobrindo nosso corpo...



Cícero Silva continuou com as vivências palhaçais, focando em jogos e brincadeiras e aquecendo ainda mais o espaço. 




No dia 29/05 (qua), Cícero passou um vídeo para ampliar as referências sobre a arte do palhaço. 


Flaviane também seguiu com vários exercícios de consciência corporal, concentração, expressividade... 
Novos participantes surgem, pessoas da terceira idade e crianças interagem numa aula aberta e livre.





E a sintonia entre todos aumenta ainda mais. Um belo e afetuoso abraço coletivo, que se iniciou com cada um se apresentando e dando um passo pra dentro da roda. A roda foi se estreitando, a gente foi se aproximando... aproximando... Ai, suspiros de gratidão e amor expressam o laço que se torna cada vez mais forte entre todos!


 No dia 30/05 (qui), aproveitamos o feriado para reunir os dois grupos durante a tarde. Cícero voltou para Belo Horizonte. Flora trabalhou o corpo...




 E Cristiano motivou a expressão teatral, lançando a inspiração de um "manto poético" que pousa nos corpos e cria um personagem dentro de um clima poético. Figurinos e adereços também foram usados para desenvolver ainda mais as personagens. 



À noite, Flora voltou para BH. Cristiano, Júnia e Poli ficaram para os encontros seguintes.

No dia 31/05 (sex)  nos encontramos de tarde, integrando participantes dos dois grupos.
Cristiano Pena orientou uma vivência teatral coletiva e ao final exibiu filmes sobre estilos teatrais variados: arte de palhaços, teatro de rua, teatro em espaços alternativos e outros.



No dia 01/05 (sáb), nos encontramos de manhã para preparar para a apresentação de domingo. Com personagens já mais definidos, desenvolvemos o roteiro e as ações de cada um. A trilha sonora foi chegando... figuras que interagem, comunicam.  Cristiano lembra os princípios cênicos: conexão consigo mesmo, com o colega de cena, com o espaço cênico, com o público e com a história. Todos motivados, tudo fluindo bem!


Weitzel´s Photography
Ao final do encontro, conversamos sobre a continuidade das ações, como apoiar os que ficam e desejam seguir com este caminho tão prazeroso e desafiador que é o fazer artístico.

Weitzel´s Photography

No dia 02/05 (dom), todos prontos saindo da antiga estação sandumonense, atual Centro Cultural Paulo de Paula. 

foto de colaborador
Figuras que caminhavam pelas ruas com tules sobre o rosto, figurinos e maquiagens tão cuidadosamente preparados para o dia.

Foto de Robson Rocha
Fizemos duas apresentações de manhã, na região central da cidade. Uma no calçadão....







...e outra na praça central. A experiência foi ótima!  O público, nosso tão gentil e amado público, recebeu tudo com sorrisos, comentários que incentivam e aplausos.




Ao final, conversamos novamente sobre os desafios da continuidade do trabalho. O que é preciso? Cada um foi refletindo e contribuindo: vontade, determinação, pontualidade, circulação de liderança... tantos pontos a serem pensados e desenvolvidos pelos que ficam.

Participaram das atividades em torno de 50 pessoas, jovens, adultos e crianças, estudantes, artistas, professores, agentes culturais e interessados. As apresentações abrangeram aprox. 320 pessoas, no total. 
Nossa! Um verdadeiro mar de gente, mas uai, como estamos em Minas... Rio cristalino de seres banhados de emoções!!!...

Os tripulantes dessa viagem foram os seguintes parceiros(as): Cícero Silva (Ateliê Titetê) na oficina de palhaço, Flaviane Lopes (Cia Circulantes) na oficina de dança, Cristiano Pena (Teatro Terceira Margem) orientando a oficina de teatro. Na produção local, Aline Barbosa. Como integrantes do Teatro Terceira Margem, Poliana Reis  e Júnia Bessa. E no registro fotográfico e videográfico, Christian e Erik Weitzel. Algumas fotos desse 
relato são de outras pessoas, estamos pesquisando nomes para dar os devidos créditos. Desde já agradecemos a colaboração das pessoas que registraram as imagens.


Relato escrito por Júnia Bessa e Poliana Reis

Caravana de Artesania é um Ponto de Cultura itinerante

Um comentário:

  1. Não estamos solitários no nosso desejo de fazer ARTE.
    Estamos todos de mãos dadas na mesma ESTAÇÃO.
    Na nossa frequência, o colorido que pulsa diante dos olhos de quem nos enxerga, é uma gota de guache do tanto de cor que já armazenamos por dentro.
    Obrigada queridos amigos e companheiros de sonhos...

    Ainda é cedo para despertar?

    Já é tempo de saudade... queridos amigos do Artesania Nômade.

    Aline Barbosa

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