5 de setembro de 2013

Prêmio Carequinha: Quartel Geral - Oficina de Criação de Figurinos

De 03 a 07 de setembro, foi realizada em Quartel Geral a Oficina de Criação de Figurinos para Palhaços(as), com orientação de Flaviane Lopes e a colaboração de Cristiano Pena. No apoio de produção, Júnia Bessa e Poliana Reis. A oficina foi destinada aos participantes do grupo de estudos QG da Alegria, estando aberta a pessoas interessadas. 



Dia 03/09 (terça)

Fomos recebidos com um belo poema sobre o palhaço, emoldurado por uma cortina de pano. Pano esse que o grupo recebeu como doação, para fazer seus figurinos! Após a roda de apresentações dos participantes e a introdução de Cristiano Pena... 


 




Flaviane Lopes perguntou:
 o que é figurino? Qual a diferença entre fantasia e figurino? Moda tem a ver com figurino? 
A partir de pontuações da orientadora, os participantes foram convidados a refletir e a tecer suas próprias conclusões.




Flaviane apresentou então várias imagens relacionadas ao mundo das roupas, vestimentas, indumentárias e obras de arte relacionadas ao figurino, a segunda pele do palhaço. A fantasia disfarça, é usada uma única vez. O figurino nos acompanha, ajuda a revelar nossa identidade. Amplia nossos gostos e atitudes pessoais, de forma exagerada, extra-cotidiana. Mais perguntas: quem sou eu como palhaço, o que faço em cena? Que cores e textura s quero usar como palhaço? A informação que estou passando através da minha roupa tem a ver com o palhaço que estou sendo/apresentando? 

Em seguida, Flaviane distribuiu pedaços de tecidos, para sentirmos as diferentes texturas. O figurino é uma roupa que veste um personagem. Estende a ação, amplia as possibilidades. O que é croqui? Um desenho que fazemos antes de criar o figurino.



Depois, foi exibido um vídeo com imagens de vários palhaços, do Brasil e do mundo, antigos e atuais. Existem características em comum no figurino dos palhaços? Sim, listras, xadrez, bolsos, roupas muito largas e muito curtas... Fez sucesso o trilher do documentário Hotxuá, a respeito de palhaços indígenas do Brasil e também a encenação do Avner, um palhaço excêntrico estrangeiro.

Ao final, os integrantes do QG da Alegria mostraram a base do figurino que têm usado nas apresentações. Flaviane pediu para observarmos o quanto os figurinos estão próximos (ou distantes) da personalidade/jeito de cada paspalho(a). Concluímos a noite com várias perguntas, provocadoras da sensibilidade, do querer, do pensamento e do posicionamento...



Dia 04/09 (quarta)

A primeira atividade foi vestir os figurinos que cada um trouxe. Fizemos então um aquecimento corporal coletivo, sempre observando a relação com o figurino: ele limita ou amplia meus movimentos? O sapato escorrega ou me deixa seguro(a)? A barriga aparece quando levanto os braços? Gosto que ela apareça ou não? 



Registramos a construção de figurinos até o momento, nosso ponto de partida para a oficina:



Depois, Flaviane ajudou a pensar nas alterações que podem ser feitas no figurino, lembrando dos pontos levantados no exercício anterior. 



E mãos à obra! Quer dizer... à costura! 



Foi montada uma mesa, com panos, linhas e agulhas disponíveis a todos(as). 



A Rosa, costureira da cidade, foi convidada para colaborar na oficina... e ela aceitou nosso convite! Quanta coisa aprendemos... flores, arremates, costura de botão...



Cada participante foi se envolvendo com seu figurino, com o figurino do colega... e, às vezes, entre um bordado e outro, uma figura do livro, bate papo... surgiu até um desenho do quadro, com os dizeres "QG da Alegria" e a figura dos paspalhos(as) presentes no dia...


As desenhistas
e sua obra.



















Pra finalizar, um lanche de confraternização, gentilmente preparado pelo Fernando, integrante do QG da Alegria.

Dia 5/9 (quinta)
Flaviane, Poliana e alguns participantes chegaram mais cedo, para trabalhar nos figurinos.
Montamos um ateliê do lado de fora... e mão da costura! No início da oficina, uma surpresa. Uma participante, Giulia, nos mostrou sua perna de pau, lá do alto dela.


Montamos o ateliê dentro da sala, e continuamos os trabalhos. 




As crianças se dispuseram a costurar e ajudar uma a outra.


Um dia de bastante atividade no ateliê itinerante!

Dia 6/09 (sexta)
Flaviane, Poliana e alguns participantes chegaram novamente mais cedo, nesse dia de conclusão dos trabalhos de confecção. Flaviane puxou uma roda inicial, pedindo para cada um ficar numa mesa e para quem terminasse primeiro fosse ajudar os outros.




Uma abelha pousou na flor de fuxico.


  Registramos então o resultado dos trabalhos realizados:



Ao final, um convite para participar do desfile de sete de setembro, em Abaeté. Com figurinos "novos", todos(as) se animaram logo! Combinamos de ir junto com a Cia do Riso, que é o grupo de estudos de teatro e palhaço de Abaeté e o Nosso Jornal, que é onde a Christiane integrante do grupo trabalha. Também houve momento de lanche, agradecimentos e despedida. Flaviane partiu na manhã seguinte, deixando boas lembranças, ideias e cores para o grupo de Quartel...



Dia 7/09 (sábado)
Partimos cedo para Abaeté. Encontramos na casa do paspalho Paçoca (André) para a troca de figurinos e maquiagem. Compareceram a convocatória 17 paspalhos(as)!



Cristiano puxou o aquecimento e orientou sobre os combinados do dia: "vamos andar em filas, duplas, trios e quartetos. A pessoa que estiver na frente vai puxar a caminhada, e os outros seguem atrás de inspirando no jeito do paspalho(a) que estiver conduzindo a caminhada." Lembrar também dos princípios: conexão consigo mesmo, com o colega (olhar, com o espaço, com o público e com a situação. 



E lá fomos nós! Participamos do desfile com coragem e alegria. 


Na caminhada, surgiram várias situações, movimentos...




Recebemos olhares, sorrisos, pedidos para tirar foto e até convites para apresentações. 

Aproveitamos para ensaiar um trecho de uma cena que o grupo está criando, e também para "desfilar" nossos novos figurinos.

A Cia do Riso, assim como o QG da Alegria, participou recentemente por uma Oficina de Figurino. 



Na placa: registro de imóveis.
E pausas para tomar o fôlego. O desfile era grande, muita gente de público.
Os paspalhos foram e voltaram no desfile, várias vezes.
Ao final, recebemos um convite para participar da festa de aniversário de uma das integrantes do grupo, a Christiane. Lá, conversamos sobre á intervenção no desfile, refletimos sobre a necessidade de manter os combinados e confiar na direção de quem estiver na frente. Também ficamos conhecendo toda a cena que a Cia do Riso está preparando, e conversamos também sobre sustentabilidade e elaboração de projetos. 



E assim concluímos a oficina de Figurino.

Agradecemos os integrantes do QG da Alegria, o produtor local Fernando, a Paróquia da Ig. da Matriz e a Prefeitura Municipal de Quartel Geral. Agradecemos também os colegas da Cia do Riso de Abaeté, os colegas André e Christiane e o Nosso Jornal.


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