E voltamos a terra de Santos Dumont, pai da aviação e das ideias inovadoras!
Nessa cidade, um grupo de jovens e adultos estão desenvolvendo uma experiência muito bacana: o Teatrama, um grupo de estudos sobre as artes cênicas. As oficinas do projeto, inciadas em abril, motivaram a criação desse grupo, que já está se encontrando e realizando apresentações.
Para ampliar as possibilidades de expressão artística e contribuir para as relações humanas, convidamos dois colegas, mais experientes. Luiz Fernando Sarmento, do Rio de Janeiro (RJ), economista e facilitador de encontros, trabalhou a temática "rede comunitária". Também contribuiu com o encontro Ari Batista, de Belo Horizonte (MG), cantor e professor de voz. Na orientação geral, Cristiano Pena. No apoio de produção, Aline Barbosa, Júnia Bessa e Poliana Reis. Na fotografia, os irmãos Erik e Christian Weitzel. Participantes: Teatrama e colaboradores.
Os encontros aconteceram nos dias 28, 29 e 30 de agosto, quarta, quinta e sexta, no Centro Cultural Paulo de Paula (antiga estação de trem). Acompanhe uma parte do que aconteceu:
1.º encontro
Começamos com aquecimento de corpo, puxado por Cristiano. Movimentar pernas, braços, pescoço. Flexibilizar as articulações... ampliar o espaço interno. Criar espaço para trocas, novas ideias. Cristiano apresenta Luiz, como o conheceu, amigos e histórias em comum. Luiz já trabalhou em várias instituições, públicas e privadas, entra elas no Sesc-Rj.
Luiz compartilha visões e práticas que o ajudaram/ajudam a viver melhor: "auto gestão"; "gentileza gera gentileza" (Profeta Gentileza); "Acredite em você mesmo" (Dr. Fritz); bom humor como indicador de qualidade de vida;"Não tenho tempo a perder, só luto a favor" (Cacilda Becker); quando a relação de confiança se estabelece, não é preciso controle; o desafio não é ser o não ser, mas estar ou não estar.
E então apresentou metodologias, jeitos de se fazer as coisas, que tem gostado de utilizar:
- Roda de conversa ou terapia comunitária
- Redes comunitárias (oferta e procura)
- Agências de informação independentes
- Auto Hemoterapia
- Rodízio criativo
- Tecnologias sociais
- Livre pensar social
Vimos que as emoções estão na base dos movimentos coletivos e das transformações sociais. E escolhemos então a vivência"roda de conversa". Luiz falou dos combinados: falar a partir da primeira pessoa, ser sintético, falar somente o que pode ser compartilhado publicamente, considerar que cada um é doutor de si. E fomos para a prática. Algumas pessoas se manifestaram, compartilhando situações e sentimentos que as incomodam. Depois, o grupo escolheu um caso para aprofundar. A situação escolhida foi apresentada de forma mais detalhada e as pessoas fizeram perguntas e intervenções. Emoções despertadas... as barreiras se afrouxam... nos tornamos mais próximos. Um coletivo que ajuda a lidar com as questões de cada um: "tô balançado mas não vou cair"...
2.º encontro
Ari chegou neste dia. Começou falando sobre sua história, com musicais e óperas, e como o teatro o ajudou a cantar com mais emoção.
Então, explicou como o som é produzido (pregas vocais fazem vibram o ar que sai dos pulmões) e as características do som: timbre (identidade/tipo do som), altura (agudo-médio-grave), intensidade (forte-fraco) e volume (quantidade de som). Ouvindo a voz de cada um, tentamos identificar se era: soprano-tenor, mezzo-barítono ou contralto-baixo. Concluímos cantando uma música juntos, em inglês.
Então, explicou como o som é produzido (pregas vocais fazem vibram o ar que sai dos pulmões) e as características do som: timbre (identidade/tipo do som), altura (agudo-médio-grave), intensidade (forte-fraco) e volume (quantidade de som). Ouvindo a voz de cada um, tentamos identificar se era: soprano-tenor, mezzo-barítono ou contralto-baixo. Concluímos cantando uma música juntos, em inglês.
Na segunda parte, Luiz orientou uma vivência de livre pensar social a partir do tema: "que sociedade eu desejo?" Os participantes expressaram suas visões e sentimentos com relação ao mundo e a sua cidade. Começaram a surgir propostas de ações e projetos, para ser aprofundadas no dia seguinte.
Ari retomou os exercícios de consciência vocal. Falou sobre a respiração correta, o uso do diafragma para ganhar projeção e o direcionamento da voz para o palato duro (onde tem o nervo recorrente). Ficamos sabendo que aprender um instrumento pode ajudar na afinação.
Aprendemos uma forma de aquecer a voz a partir da vogal "u".
Retomamos a conversa com Luiz, levantando o que desejamos para a cidade de Santos Dumont. Foram levantadas várias propostas, entre elas: criação de um centro cultural e/ou ponto de cultura, hospedagem em albergues da juventude e casas de família, publicação das propostas/sonhos na revista Abaquar, intervenção artística em muros e espaços públicos da cidade... Depois, foi feita uma rodada para levantar contribuições para a realização das propostas. Surgiram colaborações para: escrever projetos, formatar o visual, reunir os documentos, prestar assessoria na ideia, revisar o conteúdo e até pra fazer o cafezinho pra turma! Colaborações também no sentido de indicar pessoas, trabalhos manuais/artesanais, contribuições para canto/voz e consciência corporal... Embalados pela utopia, concluímos a oficina cantando: "Viver e não ter a vergonha de ser feliz."
Para mais informações e vídeos sobre redes comunitárias e temas afins, acesse:
http://luizsarmento.blogspot.com.br/Agradecemos a todos os participantes, os orientadores convidados, a produção local, os fotógrafos e a Prefeitura Municipal de Santos Dumont - Divisão de Cultura.
Esta ação faz parte do projeto Artesania Nômade.
O próximo encontro será próximo mesmo!
Nos dias 17, 18 e 19 de setembro (terça a quinta), o tema será a história do teatro,
com orientação da diretora teatral Cristina Tolentino (BH/MG).
O próximo encontro será próximo mesmo!
Nos dias 17, 18 e 19 de setembro (terça a quinta), o tema será a história do teatro,
com orientação da diretora teatral Cristina Tolentino (BH/MG).
Gostei de pisar na rua e motorista parar,
ResponderExcluirgostei do centro livre,
da pousada, da comida...
gostei mais, um tantão mais,
dos encontros, dos afetos.
Alimentei-me emocionalmente.
Sou grato....