De 17 a 19 de setembro, retornamos em Santos Dumont. Destra vez, com encontro teórico sobre história do teatro com orientação de Cristina Tolentino.
Fomos recebidos por uma exposição fotográfica com registros das ações do projeto Artesania Nômade, através dos cliques de Erik e Christian Weitzel. Os palhaços Fubá (Niel Flávio) e Godofredo (Deth Rosa) fizeram uma surpresa, chegando no encontro como palhaços. Niel faz parte da Cia O Salto de João Monlevade e Deth faz parte do Sorriso Feliz de Martinho Campos. Eles compartilharam a história dos seus grupos, os desejos e os desafios para se manter. Finalmente, fizemos uma roda de conversa sobre as perspectivas de continuidade das ações, com orientação de Cristiano Pena.
Os encontros contaram com a participação de integrantes do Teatrama, grupo de estudos de artes cênicas de Santos Dumont e pessoas interessadas. Local: Centro Cultural Paulo de Paula. O acesso foi livre e gratuito.
Dia 17/09 (terça)
Logo na chegada, fomos recebidos pela bela exposição fotográfica, emoldurada por uma instalação cênica, com registros de todas as atividades do projeto Artesania Nômade de abril a agosto de 2013. As fotos são dos fotógrafos profissionais Erik Weitzel e Christian Weitzel, irmãos parceiros na fotografia e integrantes da AMA, associação cultural de Santos Dumont.
Logo após, Cristina começou sua exposição teórica sobre a história do teatro e das artes, com o recorte do "teatro ocidental". Antes, apresentou imagens de cenas teatrais....
Logo após, Cristina começou sua exposição teórica sobre a história do teatro e das artes, com o recorte do "teatro ocidental". Antes, apresentou imagens de cenas teatrais....
...e nos pediu para anotar as sensações que vinham.
Quantas! Pois é, o teatro e a arte tem essa capacidade de nos tocar, através das sensações e dos sentimentos, e assim provocar mudanças. Então, perguntou: de onde vem o teatro? quando começou?
Alguns arriscaram a resposta: na Grécia. Ela então falou que o teatro começou muito antes, com os rituais primitivos. Baco, deus da poesia e do vinho, foi um dos Deuses ligados a origem do teatro. Os rituais eram cantados pelo coro. Um dia, uma pessoa que se destacou do coro e começou a dialogar com ele. Foi Téspis, considerado o primeiro ator. Depois, o teatro se tornou conhecido na Grécia. Os festivais reuniam várias pessoas durante vários dias e reuniam as modalidades: tragédias, dramas e comédias. Na idade média, o teatro foi primeiro combatido pela igreja e depois incorporado pela mesma. Época de autos litúrgicos nos adros das igrejas e cenas profanas nas feiras populares. No romantismo, o teatro contava uma história de amor platônico, sofrido. No renascimento, o homem se torna a medida de todas as coisas e as artes acompanham/anunciam essas características.
Dia 18/09 (quarta)
Logo no início, outra surpresa. Os palhaços Fubá (Niel Flávio) e Godofredo (Deth Rosa) adentram na sala, contando que perderam o trem e precisavam saber em que cidade estavam. Uma dica: "tem asas". "Hum, acho a cidade é Galinha de Angola..." "Não, é algo que voa bem alto". "Ah, já sei!" "Estamos em Pipa, praia de Pipa!" "Não, estamos em Santos Dumont. A cidade do inventor dos aviões!" "Puxa, não sabia que fomos tão longe!..." Rsrs...
Niel faz parte da Cia O Salto de João Monlevade e Deth faz parte do Sorriso Feliz de Martinho Campos. Ambos vieram para acompanhar as atividades do projeto e compartilhar suas experiências, como mais um momento de capacitação e intercâmbio para todos.
Apresentações feitas, seguimos com a história do teatro contada por Cristina Tolentino.
No final do séc. XIX, guerras e uma mudança de paradigma na ciência influenciou toda a sociedade da época. Surgiram vários pensadores e diretores teatrais que se perguntavam porque o teatro ainda não tinha uma metodologia avançada como as outras artes, como a música, a dança e as artes plásticas. Começaram então a lançar as bases conceituais, conhecidas e debatidas até hoje. Conhecemos o trabalho de alguns desses pesquisadores, que dedicaram suas vidas ao teatro: Dalcroze, Stanislavski, Meyerhold, Grotowski, Eugenio Barba e Antonin Artaud. Após intervalo para o lanche, assistimos imagens de performances e peças teatrais dirigidas por Cristina Tolentino.
Niel faz parte da Cia O Salto de João Monlevade e Deth faz parte do Sorriso Feliz de Martinho Campos. Ambos vieram para acompanhar as atividades do projeto e compartilhar suas experiências, como mais um momento de capacitação e intercâmbio para todos.
Apresentações feitas, seguimos com a história do teatro contada por Cristina Tolentino.
No final do séc. XIX, guerras e uma mudança de paradigma na ciência influenciou toda a sociedade da época. Surgiram vários pensadores e diretores teatrais que se perguntavam porque o teatro ainda não tinha uma metodologia avançada como as outras artes, como a música, a dança e as artes plásticas. Começaram então a lançar as bases conceituais, conhecidas e debatidas até hoje. Conhecemos o trabalho de alguns desses pesquisadores, que dedicaram suas vidas ao teatro: Dalcroze, Stanislavski, Meyerhold, Grotowski, Eugenio Barba e Antonin Artaud. Após intervalo para o lanche, assistimos imagens de performances e peças teatrais dirigidas por Cristina Tolentino.
Dia 19/09 (quinta)
Começamos com o compartilhamento de experiências de grupos de estudos. Niel Flávio, integrante da Cia O Salto de João Monlevade, falou sobre sua cidade (maior que Santos Dumont), a presença da ArcelorMittal na cidade (primeira usina do país, primeira greve do país), a politização dos moradores, a origem do grupo com os companheiros Markus Câmara e Marcella Barreto (motivada por uma oficina de palhaço promovida pelo Teatro Terceira Margem), a Acordar (associação de artistas da cidade), o projeto Domingo na Praça (realizado pelo grupo com recursos próprios) e o reconhecimento pelos trabalhos da Cia através da medalha de mérito cultural. Aproveitou para convidar a todos para as comemorações de 5 anos da Cia, na semana que vem. Uma pessoa de Santos Dumont se dispôs a ir.
Depois, Deusdedit Rosa, integrante do Sorriso Feliz de Martinho Campos, contou também sua experiência. Martinho Campos é uma cidade menor que Santos Dumont, onde a economia gira em torno da plantação de eucaliptos, leite e outros. Contou que o grupo surgiu após oficinas na cidade (promovidas pelo Teatro Terceira Margem). O grupo reúne crianças, jovens e adolescentes do projeto social Corrente do Bem e pessoas interessadas. Foram contemplados no edital MicroProjetos da Bacia do Rio São Francisco e puderam comprar cenário, figurino, maquiagens, além de participar de oficinas para criação de cenas. O grupo está bastante motivado e ganhou força com o apoio dos familiares dos integrantes.
Depois, Deusdedit Rosa, integrante do Sorriso Feliz de Martinho Campos, contou também sua experiência. Martinho Campos é uma cidade menor que Santos Dumont, onde a economia gira em torno da plantação de eucaliptos, leite e outros. Contou que o grupo surgiu após oficinas na cidade (promovidas pelo Teatro Terceira Margem). O grupo reúne crianças, jovens e adolescentes do projeto social Corrente do Bem e pessoas interessadas. Foram contemplados no edital MicroProjetos da Bacia do Rio São Francisco e puderam comprar cenário, figurino, maquiagens, além de participar de oficinas para criação de cenas. O grupo está bastante motivado e ganhou força com o apoio dos familiares dos integrantes.
Foram momentos de conhecer outras realidades de Minas Gerais, compartilhar desafios e soluções para seguir na caminhada como grupos de estudos teatrais.
Em seguida, Cristiano perguntou como estava a realidade do grupo de Santos Dumont. Duas situações vividas pelo grupo recentemente foram colocadas e refletidas por todos. Vimos a possibilidade de continuar com os encontros e uma agenda de encontros para o período de setembro a dezembro foi proposta. Concluímos assim o projeto, motivados para manter as relações de troca com o grupo de estudos da cidade de Santos Dumont.
Em seguida, Cristiano perguntou como estava a realidade do grupo de Santos Dumont. Duas situações vividas pelo grupo recentemente foram colocadas e refletidas por todos. Vimos a possibilidade de continuar com os encontros e uma agenda de encontros para o período de setembro a dezembro foi proposta. Concluímos assim o projeto, motivados para manter as relações de troca com o grupo de estudos da cidade de Santos Dumont.
Agradecemos os fotógrafos Erik e Christian Weitezel, a diretora Cristina Tolentino, os colegas Deth Rosa e Niel Flávio, a produtora local Aline Barbosa, o Ponto de Cultura Caravana de Artesania e a Prefeitura Municipal de Santos Dumont.
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